segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A ARTE DA GUERRA SANTA - PARTE I

Fala pessoal! Tô sumido né? Pois é... mas retomarei a atividade aqui no blog. Talvez todos vocês já ouviram falar e com certeza muitos já leram o livro A Arte da Guerra de Sun Tzu, certo? Bom, pra quem não sabe, esse livro é um tratado de 500 a.C., onde esse tal de Sun Tzu (não confundam com Shang Tsung) explica passo a passo como ser bem sucedido em batalhas diversas. Estes ensinamentos ajudaram generais como Napoleão e hoje em dia servem de parâmetro para gerentes e líderes de grandes empresas. Afinal, o mercado mundial pode ser facilmente comparado a um imenso campo de batalha não é mesmo?

Além do mundo corporativo, outro setor que muitas vezes sofre analogia com a guerra é o esporte. E porque não os jogos e cardgames? Foi aí que eu tive a idéia de traçar paralelos entre os ensinamentos de Sun Tzu e o nosso querido Vtes. Este tratado possui 13 capítulos e hoje falaremos do primeiro:

1 – Análise e Planos

Sun Tzu disse:

A arte da guerra é questão vital para o Estado. É o âmbito onde a vida e a morte são fundamentadas, um caminho que leva a aniquilação ou determina a sobrevivência. Deve ser examinada com cuidado e nunca negligenciada.”

Forte hein? Neste capítulo, nosso amigo china nos diz que devemos sempre atentar para cinco fatores decisivos. Eles se relacionam com os tempos antigos e os campos de batalha. Tentarei conecta-los com o Vtes:

Primeiro - Tao (caminho)
Várias mentes com um único ideal, o caminho que faz o pensamento do povo estar em completa harmonia com o de seus governantes, levando-o a segui-los para viver ou para morrer, sem temer nenhum dos riscos.

Podemos avaliar este quesito como construir um deck de acordo com o que você pretende fazer com ele. Em outras palavras: foco. Tenha sempre em mente a estratégia a ser seguida na confecção de sua decklist. Não há nada pior do que precisar daquela última Conditioning para levar a mesa e comprar uma Graverobbing perdida no seu B&S. Ou então, com um deck de voto, se ver perdido na mesa atrás de votos, porque lhe faltam Bewitchings ou vampiros titulados. Afinal, é um deck que você montou, e deve lhe servir plenamente.

Segundo – Clima
É a sombra e a luz, o calor e o frio, o tempo e a sucessão das estações. Aceitar ou desafiar essas condições determinará a vitória militar.

O clima da mesa. Muitas vezes está pesado, com jogadores emburrados e sisudos. Outras está ameno e cheio de brincadeiras. Pode estar carregado apenas para um jogador talvez, e cabe a você assimilar estas informações e jogar com elas. Falar uma piadinha com relação ao seu predador, que teve seu Theo Bell mandado para torpor por um Rotschreck crosstable, mas tem ainda a Besta e o Jimmy Dunn em pés e irados, pode não ser uma boa idéia.

Terceiro – Terra
Refere-se as distancias; dificuldades de travessia; condições do terreno para a disposição das tropas. A análise da situação da terra define oportunidades de vida e morte.

Este terceiro fator exprime a sabedoria de reconhecer que o momento não lhe é favorável e aguardar um hora melhor de atacar. Se a sua presa é um terreno rochoso e cheio de vales, aguarde um ou dois turnos, até que a soberba lhe prejudique e o faça desguarnecer suas defesas. Um campo plano e verdejante é o cenário perfeito para um banho de sangue sem muitas baixas.

Quarto – Líder
A virtude da sabedoria, integridade, disciplina, coragem e humanidade.

Bom não tem muito que falar sobre esta. Resume claramente como alguém deve se portar para conseguir seus objetivos e ser um líder vitorioso.


Quinto – Métodos
Impõem eficiência, controle de gastos e tropas, uma cadeira de comando adequada e suporte logístico.

Criando uma ponte com o primeiro quesito, não adianta termos um ótimo deck sem saber jogar com ele. Cada estilo de deck tem sua estratégia mais consagrada. Montar um Malk B&S com 10 Governs e 10 Conditionings e ter medo de bleedar acima de quatro antevendo uma Archon é inadmissível. Ou ainda, jogar com um Wall e agir e virar seus minions sem ter como acorda-los no turno do adversário será patético.

Este capítulo ainda termina com uma aula de blefe que deve ser um mantra para todos nós:

Há momentos em que a maior sabedoria é parecer não saber nada. Por isso, quando capaz, finja ser incapaz; quando pronto, finja grande desespero; quando perto, finja estar longe; quando longe, façam acreditar que está próximo.

Incrível a cuca dessa china, né? Realmente formidável. Espero que tenham gostado. Logo, a continuação dos capítulos e seus ensinamentos. Valeu galera! Descartando e... seguiu!

6 comentários:

  1. \o/
    Achei que tinha esquecido da “neofitada” (eita!) do Vtes...
    Queremos atualizações diárias O_o

    Quanto ao post em si, muito legal a comparação, se contextualizarmos a Arte da Guerra, temos um guia de como jogar de Vtes, nunca que isso ia passar pela minha cabeça...
    Quero ver fazer isso com “o monge e o executivo” (não vale falar em Golconda e Ventrue) :P

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  2. Muito bom o post, como sempre. Já estava me perguntando se tinha desistido; ainda bem que não foi o caso.

    E confesso que não tinha parado pra pensar na relação de VTES com a Arte da Guerra. Vou reler o meu com outros olhos... rsrs

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  3. Nossa pessoal... obrigado mesmo. que bom que vocês sentiram falta hehe.

    Imagina só se a próxima expansão for de Kindred of the East (Vampiros do Oriente). Comparação mais pertinente impossível! hahaha Valeu!

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  4. Até que enfim o Joo voltou a ativa. Post muito bom como a grande maioria. Realmente esse livro pode ser comparado com o que acontece na Jyhad....vou terminar de ler esse livro (parei quase na metade) agora com um outro olhar também.
    Abraço aí pessoal.

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  5. gostei muito do post não vou negaaaaaaaaaaaar.... infelizmente tenho q admitir que algo desse copyblog me preendeu poucos minutos.. bom trabalho gorducho!

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