segunda-feira, 15 de junho de 2009

INJUSTIÇA PARA TODOS!

Sabe qual a razão pelo o qual nós gostamos tanto de Jyhad? O fato do jogo ser multiplayer, ou seja, ser composto de 3 ou mais jogadores. Você pode até não concordar com essa afirmação. Pode dizer que é pelo fato de o jogo ser repleto de politicagem ou então por cada mesa ser diferente da anterior ou então pelas reviravoltas que uma única partida pode proporcionar. Bom, nenhuma destas opções existiria se o jogo não fosse multiplayer. Tem gente doida que joga versus, mas a maioria esmagadora odeia jogar assim e prefere mesões. O curioso é que este é também o motivo pelo qual o jogo não alcançou a fama e o glamour do Magic. Vocês podem falar mal, podem zombar, mas o Magic é o card game de maior sucesso no mundo. Claro que também existem mesões no Magic, muito legais por sinal, porém os campeonatos e competições oficiais são 95% jogados no modo 1x1. Mas pera aí, porque que o fato de ser multiplayer faz com que o Vtes não alcance um sucesso parecido com o do Magic?? Simples, o Vtes é injusto.

Bom, se você não socou a mesa blasfemando e não fechou o blog, das duas, uma: ou você é esperto ou você é curioso. Aqui vai a explicação. Em um jogo 1x1 seu único adversário é o nerd quatro-olhos sentado na sua frente. Sua vitória ou derrota terá, como únicas influências externas, as decisões tomadas por ele. Em um jogo multiplayer como o Vtes, isso é muito mais complexo. Primeiramente, você tem dois inimigos principais (presa e predador). Além disso, você pode ter ainda 1 ou 2 coadjuvantes que, com o decorrer do jogo, se tornarão também seus inimigos ou até aliados. O número de influências externas pulou de um para possíveis quatro, deixando o jogo totalmente imprevisível!

Outro fator de imprevisibilidade são os decks. No Magic por exemplo, cada temporada tem seus top decks (entre 5 e 6), que são devidamente copiados de listagens campeãs pelo mundo. Em um campeonato grande, cerca de 85% dos decks é um destes e a chance do campeão do torneio não ser um deles é praticamente zero. No Jyhad é completamente diferente. Claro que existem conceitos consagrados como Malk B&S ou Ventrue Vote, mas mesmo estes não têm uma listagem definida como a melhor. E mais uma vez voltamos ao fator Multiplayer. É impossível existir uma listagem perfeita para um jogo composto de cinco participantes, onde acordos são permitidos e que não existe restrição de edições, a não ser nos torneios Limited. No Magic existe um período de treinamento antes dos campeonatos. Cada equipe (sociedade de amigos) tem todos os top decks da temporada e ficam se enfrentando e estudando possibilidades de defesas e ataques perfeitos contra cada um. Não vejo como isso seria possível no Vtes, correto?

Podemos então comparar o Vtes ao Futebol e o Magic ao Volei/Basquete. A comparação do Vtes é pelo fato de ambos serem repletos de zebras e imprevisíveis. Já a comparação do Magic é pelo fato de que em 99% das vezes o melhor time vencerá. E é aí que eu acho que o bixo pega. Como realizar campeonatos com premiações gordas como no Magic, para um jogo onde o melhor nem sempre vencerá?

Eu já presenciei uma pessoa desistindo de jogar Jyhad justamente por isso. A pessoa estava jogando seu primeiro campeonato e devia estar com um Malk, sei lá. Saiu da mesa bolado e eu fui falar com ele, pra saber o que tinha acontecido. Ele me explicou que em determinado momento, disseram que ele era uma grande ameaça e “juntaram nele”. As palavras dele foram: “Não vou mais jogar isso não. Quer dizer que a mesa inteira pode se virar contra mim porque eu estou bem?”. Se fosse 1x1 provavelmente ele teria se dado bem e ficaria feliz com o jogo em si, por ser simples e direto. Porém o Vtes é complexo. É um jogo Cult e sem um apelo de massa. É imprevisível. Agora meu caro, cabe às pessoas acharem estes predicados apaixonantes ou repugnantes.

12 comentários:

  1. De longe, um dos melhores posts até agora !!
    Cara, existem várias outras 'vantagens' do VTES em relação ao magic: não há uma quantidade restrita da mesma carta nos decks, as cartas são mais acessíveis em termos financeiros (a mais cara que eu vi até agora foi uma rock cat no buy it now do ebay por 59 dólares), são menos expansões por ano e por aí vamos.
    Outra coisa, eu comecei com um deckzinho Lasombra de bleed & stealth e aprendi na pele o que é ser juntado nas mesas e, por mais irritante que seja ter a mesa toda contra você, há aspectos positivos: ver como o deck reage quando está numa situação adversa como essa, como o jogador vai lidar com isso, que tipos de acordos ele vai propor pra tentar reverter a situação..., enfim, há como tirar proveito disso. Mas que é chato, ser tirado da mesa por todos, é.
    Bom, abraço aí João, parabéns pelo post.

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  2. Bom dia João! O meu nome é Bruno Robalo e sou o Prince de Oeiras em Portugal. Parabens pelo post, muito interessante mesmo. Se quiseres podes visitar o nosso novo forum em domainoeiras.omeuforum.net O forum é em línga Portuguesa pelo que todos os jogadores Brasileiros serão muito bem vindos. Abraço. Bruno

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  3. Thiago: obrigado rapaz, vindo do nosso atual campeão sulamericano é uma honra.

    Bruno: ainda não tive tempo de entrar no forum pq a semana está realmente conturbada. mas logo logo vou entrar lá. Valeu!

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  4. Faço minhas as palavras do Thiago.
    Mas acho que ficou faltando vc falar que justamente por isso o Vtes é composto que jogadores mais velhos, que querem algo além da previsibilidade...

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  5. Concordo com o Tomaz. Seguindo a sua metafora, no VTES tem um uma coisa meio que do futebol americano tambem, onde um equipe mais ou menos pode ganhar se for bem conduzida pelo tecnico que mude as estrategias de modo correto no decorrer do jogo. Quem conhece bem o esporte sabe como é. Acho que é isso que me atrais, tem aquele fator imprevisivel(futebol) com a estrategias e decisões de acordo com o decorrer do jogo (futebol americano).

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  6. Xiiii, tem outro Thiago Sousa na parada ?!!
    Porque esse aí não sou eu não heim !!!!
    É bom que contesta !!! E já paguei 1 de pool na untap...

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  7. Curioso, Thiago Sousa, como praticante de futebol americano (embora parado de momento), jogador de V:tes e M:tg, discordo completamente dessa comparação.

    O futebol americano é tudo uma questao de scouting e preparacao pré-torneio. Nada ou quase nada é improvisado no momento, não na NFL, não na CFL, quando mto apenas ao nivel de college football.

    E, devido a exactamente ter toda a preparação pré-torneio, torna-se muito mais análogo ao magic do que a v:tes.

    Este post do blog toca-me muito, porque recentemente desisti exactamente do v:tes e tomei a escolha de voltar ao magic após 4 anitos. E mais ou menos por uma razão que me incomoda bastante: Nem sempre o melhor ganha, e não é uma questão da mesa se unir ou de haverem acordos. Em magic, se um jogador jogar mal, apenas o afecta a si. Em v:tes, um jogador jogar mal pode lixar torneios a outras pessoas.

    Talvez este argumento não faça sentido para muita gente, mas enfim...

    Seja como for, saudações aí vindas de Portugal.

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  8. Mas eu sempre preferi handball mesmo...
    é lá que o "bixo" pega...

    e dá-lhe Metallica...

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  9. pra mim o jogo e divertido exatamente por ser imprevisivel,e tambem por isso se torna um jogo que depende muito mais do jogador do que do deck em si,obvio que um deck bem montado ajuda muito,mais nesses tipos de situação onde a mesa toda junta em vc ou quando outro jogador joga mal que a verdadeira habilidade do jogador e colocada a prova.Ja vi muito jogador bom que msm quando a parada aperta,sabe contornar bem a situação e terminar com a vitoria,e na minha opnião jogar bem vtes e saber sair desse tipo de enrascada num junção de deck e jogador, diferente de magic por exemplo, que se vc tem muita grana, monta o deck do ano e sai esfolando tudo quanto e deck em campeonato T2{que por sinal são os que valem alguma coisa], ate banirem seu combinho, te obrigando a gastar mais uma chuva de dinhero pra voltar a ganhar.Conclusão,VTES depende da sinergia entre jogador e deck,ja em magic eu sinto que o melhor deck ganha independente da habilidade do jogador.

    ta ai minha opnião,abraço a tds, ARTHUR.

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  10. Exatamente Athur, joguei Magic durante muito tempo (uns 10 anos), e acho que o unico deck que tem alguma chance de sendo mais fraco usar de blefes e tentar incluenciar a partida com algo mais que cartas, é um Azul que pela naturaze de counters pode ser usado para persuadir o oponente em alguns casos e mesmo assim não chega perto do que podemos fazer em um jogo de VTES.

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  11. caras a interactividade ímpar do jyhad proporciona ummomento inobtuso inóculo de ser entre seres naum pertencentes ao memso convívio diário e mesmo assim se interagem de forma prodigiosa para um bem comum
    jyhad eh foda! rs

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